Consórcio: Escolha consciente de comprar sem pagar juros!

Consórcio: Escolha consciente de comprar sem pagar juros!

Abac - Associação Brasileira de Administradora de Consórcios divulga dados do primeiro semestre de 2010 e revela que as vendas das novas cotas de consórcios superaram 1 milhão. Entre os fatores apontados pela Abac, para este crescimento nas vendas de cotas de consórcio estão a ausência de juros, a estabilidade econônica, a entrada das classes D e C nos consórcios, e a conscientização da população em evitar pagar juros, entre outros fatores.

Leia a matéria na íntegra:

A entrada de novos consorciados no primeiro semestre deste ano superou a marca de um milhão, 10,1% mais que o atingido no mesmo período em 2009. Naquele ano, foram comercializadas 926 mil, enquanto em 2010, o total foi de 1,02 milhão.

“Diversos fatores contribuíram para esse crescimento como a inexistência de juros, as novas modalidades de utilização do FGTS no consórcio de imóveis, a maior presença das classes C e D, o planejamento do consumidor, seu questionamento sobre a necessidade imediata ou não da aquisição do bem”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.

Pesquisa recente feita pelo Instituto Data Popular revelou que, pela primeira vez neste ano, a massa de renda das famílias da classe D vai ultrapassar a da classe B. Em 2010, as famílias com ganho mensal entre R$ 511 e R$ 1.530 têm para gastar com produtos e serviços R$ 381,2 bilhões ou 28% da massa total de rendimentos de R$ 1,38 trilhão. Enquanto isso, a classe B vai ter R$ 329,5 bilhões (24%). A classe B tem renda entre R$ 5.101 e R$ 10.200. O maior potencial de compras, no entanto, continua no bolso da classe C: R$ 427,6 bilhões.

A mudança de comportamento do brasileiro tem transformado parte de seu salário em consórcio, uma poupança carimbada e com objetivo determinado. Ao adquirir um carro ou um imóvel, o consumidor analisa e compara os custos e busca fazer o melhor negócio patrimonial.

 “Essas atitudes confirmam o sistema como a melhor alternativa em constituir ou ampliar o patrimônio pessoal ou familiar, melhorar a qualidade de vida, deixando de lado a compra por impulso, aquela que por vezes somente o valor da parcela dentro do bolso era considerada. “Um exemplo dessa atitude está no crescimento do valor médio de uma cota de automóvel. Em junho do ano passado, ele era de R$ 27.700,00; hoje, chega aos R$ 39.700,00, uma diferença superior a 40%”, continua Rossi.

A segurança no emprego em uma economia aquecida também é apontada pela ABAC como razão para o aumento no interesse pelos consórcios. Nos seis primeiros meses do ano, os dados do Sistema de Consórcios registraram um crescimento no número de participantes que atingiu 3,88 milhões, 6% maior que os 3,66 milhões contabilizados há um ano, de acordo com a assessoria econômica da ABAC.

As contemplações, momentos em que os consorciados podem utilizar os créditos para aquisição de bens ou serviços e, portanto, realizar seus sonhos, totalizaram 477,6 mil, no primeiro semestre, 2,5% maior que as 465,8 mil ocorridas nos mesmos seis meses de um ano antes.

A confiança no Sistema tem sido evidenciada em todos os setores onde os consórcios estão presentes como nos imóveis, veículos automotores, eletroeletrônicos e serviços.  O volume de negócios chegou a R$ 28,5 bilhões (jan-jun/2010), 33,2% mais que os R$ 21, 4 bilhões (jan-jun/2009), anteriores.

“Seja na ampliação dos negócios, seja no crescimento do valor médio da cota, a procura pelo mecanismo mostra-se cada vez mais presente na vida do brasileiro. Exemplo como o dos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis confirma essa situação. No mês de junho de 2009, o consumidor buscava uma cota de consórcio de  eletroeletrônico no valor médio de pouco mais de R$ 1.500,00.

Um ano depois, a procura é por cota média de quase R$ 3.700,00, com mais de 140% de diferença. Trata-se portanto de uma decisão consciente de quem não quer pagar juros desnecessariamente e nem se endividar impulsivamente”, completa o presidente da ABAC.

Atualmente, há 25 administradoras atuando nesse setor, cujos contemplados, até maio, utilizaram seus créditos principalmente nas áreas de saúde e estética (29,4%), festas e eventos (15,2%), turismo (8,9%) e educação (2,9%).

 

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